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O Diário Secreto de Laura Palmer
24 de junho de 1987
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011, 16:21
Querido Diário,
Já é muito tarde e nem me importei em me registrar ou avisar alguém de onde estou ou se estou a salvo. Nem estou ligando para isso. Não quero saber mais nada sobre mim mesma, por ninguém... muitas mentiras entraram em mim, como projéteis que entraram em mim, como atrás eu teria percebido.
Começo a sentir a fraqueza. Cair no mundo das drogas. O mundo do sexo pelo espetáculo e pelo poder. Pela força que pensei que quisesse, procurei as pessoas erradas.
A parte de mim com autonomia para decidir se uma coisa é certa ou errada desapareceu. Uma decisão dura um único momento, antes que eu duvide delas e me amaldiçoe por sempre achar que fosse capaz de escolher o certo em vez do errado... eu devia ter aprendido há anos como me lembrar de você. Talvez tivesse me salvado em momentos muito tristes, em sonhos muito maus, em várias centenas de tentativas desesperadas de retornar um eu melhor.
Aquele que recebeu você tão bem. Aquele a quem você deve uma vida inteira.
Certamente espero que você consiga o que deseja.
Não posso ter boas coisas, não agora. Não conheço o caminho da
responsabilidade, não sei como utilizá-lo. Tão simples, é só sair andando...
Mandei Troy embora. Libertei-o com várias chicotadas no lombo (um método que me fez correr por um bom tempo, você se lembra, BOB?). Ele se foi. Eu não o mereci, e nem ele merece uma vida que começa e termina todo dia num pequeno quadrado. Uma lembrança constante, se preferir, de que ele não é livre mas que pertence a alguém.
Deixei o pônei ir. Uma das minhas últimas esperanças, antes de anular tudo por você... merda. Já não importa mais nada.
Espero que Troy entenda por que fiz ele me deixar.
Tenho tanto medo que qualquer coisa que eu toque corra o risco de
estabelecer contato com BOB. Estarei investigando a morte... não se preocupe. Posso sentir você decidindo quando e onde. Seu cretino.
Laura 

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2 de abril de 1987
, 16:20
De volta, e feliz, da casa de Leo.
Ele tinha, e era ótima. Ele me levantou com uma boa cheirada... e minha cabeça já começa a repassar os arquivos mentais outra vez... sinto o sangue nas veias... Eu disse a Leo que não era como aquele viciado horrível, mas há tanto tempo que eu não dormia... Espere! BOB se foi. Não posso senti-lo à minha volta. Talvez porque eu esteja tão alta. Talvez eu esteja louca e o tenha inventado... Não, nada disso. Sou louca se pensar que ele só existe na minha imaginação... ele é real. Sei que é real. Tenho certeza. Eu não poderia e não criaria algo tão mal como esse homem de quem falo.
Estou começando a ser aquilo que BOB me disse que me tornaria. Uma garota decaída, maltratada, não confiável, perdida, que adora sexo e drogas porque eles estão sempre aí, me proporcionando as viagens que espero... sem surpresas. Não vê que está me matando, BOB? É aí que você quer chegar?
Lá se foram os dias de apenas um ano atrás em que eu mal podia me lembrar de alguma coisa... só sabia que certas noites eu chegava em casa, chorava muito e me escondia atrás da porta do banheiro, envergonhada. Lembro-me do que você me disse, seu bosta! Lembro muito bem! Sei que você me cortou quando eu era bem pequena, várias vezes, e me disse que eu estava numa enrascada porque estava sangrando. Disse que as crianças boas não sangravam entre as pernas. Disse que eu não era uma criança de Deus! Será que havia alguma coisa na qual você me deixava ser normal ? Cresci com você sempre por perto, mostrando as evidências de meu maldito sangue e minha maldita natureza. Você era aquela voz... seu filho da puta.
Leo precisa falar comigo sobre dinheiro... Espero que essa transação seja tranqüila, indolor e silenciosa. Eu pedi a Leo que se Bobby aparecesse, que me procurasse imediatamente.
Tínhamos que encontrar um novo traficante só para essa noite... O resto da pura eu já tinha cheirado, menos a da reserva pessoal de Leo, porque é exatamente o que diz o nome: pessoal. Se eu não tivesse tanta merda na cabeça, não precisaria mais que isso para a noite, mas eu tinha. Tinha que ter. É só o que tenho agora, cara. Minha amiga, a linha branca, de quem eu lembro convenientemente o tempo todo, sempre que viajo numa rodovia, ou vejo uma tempestade de neve, ou talco de bebê, vem me provocar dentro de minha casa.
Espero que a gente consiga mais. Temos que conseguir. Depois dos últimos dias sem dormir, esse maldito BOB... simplesmente não vou conseguir pegar no sono. É perigoso demais.
E O QUE SÃO, LAURA PALMER, DOIS, TRÊS DIAS DESDE QUE VOCÊ RESPIROU PELA PRIMEIRA VEZ... VOCÊ É UMA PUTA ATRAPALHADA... QUE AINDA ESTÁ AQUI.
Vai se foder, BOB. Então sou o que você sempre me disse que era. Uma putinha, suja e desleixada, que fode com todo mundo para pagar as drogas. Você venceu. Você me causou dor quando eu não sentia nenhuma, e quando eu sentia dor você dizia que a culpa era minha... acho que você é o cara mais repulsivo, maligno e conivente que já pôs os pés na minha vida, e sem ser convidado; não tinha esse direito. O que você quer, caralho? Você trapaceia porque nunca teve que enfrentar ninguém mais forte... Ganhe alguém assim, e eu admitirei que você venceu. Até vou atrás de você. Sem brigas.
Laura Palmer acredita que você é um impostor. 

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2 de abril de 1987
, 16:18
Querido Diário,
Leo tinha companhia do sexo feminino, e eles não estavam em condições de abrir a porta.
Oh, céus... dinheiro... merda! Talvez ele me apresente a coca e eu possa pagar depois, ou... espere, ele está saindo de casa. Conversaremos mais tarde, Leo vai topar que eu traga o dinheiro depois. Espero, espero, espero.

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2 de abril de 1987
, 16:17
Diário,
Preciso de coca, saco, ou jamais vou conseguir.
Tenho que achar o Bobby. Onde, caralho, ele se enfia quando preciso? Isso é demais. Aqui estou eu, Laura Palmer, ótima aluna, cidadã modelo de Twin Peaks... e acabo de adquirir um novo hábito. Não estou preparada para isso... Ainda tenho medo de que BOB esteja esperando. Se ele estiver na floresta vai me pegar agora, porque eu que me dane se não der um jeito de enfiar uma carreira bem grande de confiança dentro do meu nariz em no máximo meia hora. Uma linhona branca que chame por mim do jeito que um amante faria. Gostaria que BOB tivesse proposto a troca. Se ele topar, vou tentar encontrar a pessoa e dizer que tome cuidado COM O HOMEM QUE PODE QUEM SABE ESCORREGAR PARA DENTRO E PARA FORA DE VOCÊ COMO O VENTO QUE NINGUÉM PERCEBE, DEPOIS RASTEJA EM CIMA DE VOCÊ E ENFIA UM PUNHO DENTRO DO ESPAÇO DA MULHER QUE VOCÊ PARECE GOSTAR TANTO, LAURA PALMER... VOCÊ NÃO DEVIA DESEJAR NADA... VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR O QUE QUER, PODE TER CERTEZA. LEMBRE-SE, LAURA PALMER, POSSO MANIPULAR SUA CONSCIÊNCIA PARA QUE VOCÊ NÃO SINTA NADA ALÉM DO QUE EU PERMITIR. NÃO SENTE QUE ESTÁ MORRENDO, LAURA PALMER? NÃO PERCEBE QUE ESTÁ CEDENDO PARA MIM NOVAMENTE? RECEBA-ME DE VOLTA E EU NÃO PROVOCAREI UM HORRÍVEL ACIDENTE LOGO MAIS. SE ALGUÉM SAIR FERIDO, VOCÊ PODE SORRIR SABENDO QUE FOI TUDO POR SUA CAUSA, EGOÍSTA, VICIADA, LÉSBICA!
Vai se foder!
Talvez se eu for atrás de Leo por um pouco de coca, consiga reunir toda a minha merda e merecer a liberdade. Minha privacidade de pensamento, inteirinha. Quero-a de volta. Ela me pertence. Só preciso de um pouco de coca... tenho que sair um pouco daqui... foda-se, vou andar. Vou descer essas escadas e sair por aquela porta como se nada estivesse errado.
Consigo um pouco de coca e tudo ficará melhor. Vou conseguir pensar. Vou andando até a casa de Leo e tudo ficará ótimo.
Vou levá-lo comigo, Diário - Laura 

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3 de fevereiro de 1987
, 16:15
Querido Diário,
Não há cocaína. Ela desapareceu. Odeio o modo como me sinto... como se estivesse num vácuo, meu corpo tem sido violado, meus pensamentos, meus sonhos, a imagem que tenho de minha mãe e de meu pai são agora de figuras terríveis e deprimentes, as quais não consigo deixar de ver... Ah, se ela soubesse das coisas que têm acontecido.
Será que alguém acreditara se eu contasse tudo o que sei sobre ele?
Poderia ter a polícia esperando quando ele se mostrasse, mas ele saberia, como sabe de tudo o que se passa em minha cabeça. Minha cabeça é o brinquedo dele. Algo em que ele bate com suas patas. Vou contar pra todo mundo e fazer com que acreditem. Vou dizer...
DIZER O QUÊ, LAURA PALMER? DIZER QUE A LEVO COMIGO E VOCÊ NUNCA RECLAMA? DIZER QUE SÓ VOCÊ ME VÊ E NINGUÉM MAIS? NINGUÉM VAI ACREDITAR, LAURA
PALMER... EU SOU MUITO CUIDADOSO.
Deus do céu, aconteceu outra vez... Ele está aqui em cima da página... Não era nada disso que eu queria escrever! Assusta-me terrivelmente saber que BOB consegue entrar nas páginas do meu diário como se estivesse alimentando minha mente com palavras, uma fração de segundo antes para que eu pense que elas são minhas.
Existe alguma coisa que eu possa conseguir para você, BOB... alguma coisa que a família possua e que sirva como garantia para que você desapareça definitivamente? Fale comigo BOB... para um acordo... proponha alguma coisa.
EU TOPO. VAMOS FAZER UMA TROCA.
O que é?
NÃO POSSO DIZER AQUI NESTA COISA... POSSO MUDAR DE IDÉIA.
Foi o que pensei. 

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10 de janeiro de 1987
, 16:14
Querido Diário,
Tentei conversar com papai à mesa do café mas ele ficou ali se contraindo, como se não tivesse tempo para pensamentos extras. Não tem tempo para os malditos sonhos suicidas que sua própria filha está tendo. Nenhum dos dois quis falar comigo... O que é isso? Algum tipo de sonho?
Papai tirou toda a roupa e gritou: "Isso é um sonho... Relaxe, está bem?... Então sua mãe viu fotos suas lambendo as partezinhas privadas de outras mulheres. Eu aparecia naquelas fotos nas quais você se divertia
sozinha. Isso é verdade?"
Nunca tive tanto medo quanto agora, neste exato minuto. Nem percebi que estava dormindo quando isto foi escrito... Será que estava? Merda, isso é muito estranho. Muito, muito estranho.
Será que BOB estava aqui? Será que BOB estava dentro...?
Nem quero pensar nisso. 

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3 de janeiro de 1988
, 16:12
Querido Diário,
O Natal foi interessante. Papai tirou três dias de folga e criou a maior dificuldade, sem perceber, para eu conseguir me drogar. Tive que fingir  cólicas pré-menstruais para poder ficar sozinha em meu quarto.
Ao subir a escada, parei quando ouvi ele dizer: "Mas estamos no Ano Novo... estou de férias... Por que ela quer ficar sozinha?"
Ouvi mamãe explicar naquela sua vozinha delicada e muito sábia que eu era uma adolescente. "Os pais são uma chateação para os adolescentes, Leland... Temos sorte que ela passe tanto tempo conosco. Ficou fora de casa só por três horas durante o Ano-Novo, e voltou antes da meia-noite para celebrar conosco."
Mamãe estava fazendo um bom trabalho, então prossegui meu caminho para o quarto, em busca de privacidade e uma bem merecida carreira. Uma carreira cura todos os males.
Bobby e eu passamos um Ano-Novo realmente bom, como mamãe disse, durante três horas. Das oito e meia às onze e meia. Fomos para o clube de golfe, onde cerca de trinta casais tiveram o mesmo plano: pegar um cobertor e a droga de sua escolha (o álcool foi o grande campeão, embora Bobby e eu tenhamos fumado um baseado), e ficar abraçadinhos na grama olhando as estrelas.
Estávamos mais longe dos outros, mas perto o suficiente para ouvir, enquanto fumávamos o baseado, os outros casais fazerem planos para o ano e pedidos às estrelas. Bobby virou de lado e pôs o baseado na minha boca. Traguei, e lembro-me de ter pensado: "Ele vai falar alguma coisa muito séria... estou sentindo".
Ele deu uma profunda tragada, segurou, olhou para cima, soltou a fumaça... olhou para mim.
- Laura...?
- Oi, Bobby. - Eu estava me sentindo muito bem. Adoro um baseado.
- Laura, eu sinto muito que às vezes as coisas entre nós tenham que ser como são. Quer dizer, gostaria que nós dois... eu não sei.
- Ah, Bobby, vamos lá. Eu estou ouvindo você. Continue.
- Não posso dizer por você, mas às vezes sinto que estamos tão próximos... Mesmo quando não estamos dormindo juntos. Somos tão íntimos...
Virei-me de lado e apoiei a cabeça na mão. Há muito tempo não conversávamos. Também estávamos bem chapados.
- Continue, eu concordo.
- Outras vezes... sei lá que diabo é o quê. É como se eu estivesse fazendo da minha vida uma merda... toda a merda de Bobby Briggs... mas isso não me afeta como talvez devesse. Entende?
Queria entender, então dei a dica. - Você quer dizer, há uma parte de você que vai à escola, participa do coro, trabalha meio período, ou seja lá o que for, mas a outra parte, aquela que sente e se importa com as coisas, está lá dentro adormecida?
- É... É mais ou menos isso. Mas estou perdendo o mais importante.
Ele me ofereceu a última tragada do baseado. Eu aceitei, e fumei enquanto ele ainda segurava entre os dedos. Adoro o cheiro da pele de Bobby. Dei a última tragada, e ele continuou.
- Estive pensando que você e eu estamos juntos só porque é isso que esperávamos que fizéssemos. Isso faz sentido para você?
Concordei. Sabia o que ele estava dizendo.
- Eu não quero que fiquemos juntos por causa de um trato que fizemos porque... quero dizer, Leo e toda a "neve" na casa dele. Às vezes acho que isso não tem importância, outras acho que se você tivesse de escolher entre mim e a neve... Bom, acho que eu perderia.
Baixei os olhos para o cobertor onde estávamos sentados. Tentei ver o xadrez no escuro, mas só enxerguei vagas sombras do preto e vermelho que eu sabia que tinha. Puxei um pedaço de lã nervosamente. Por fim consegui erguer os olhos para ele.
Disse-lhe que às vezes eu escolheria a coca sim, mas que eu escolheria a coca a qualquer outra pessoa. Disse que não queria magoá-lo, ou a qualquer outro. Apenas sentia que às vezes só era boa companhia para mim mesma, pelo que está acontecendo com a minha vida.
Ele disse que talvez entendesse isso, mas queria saber se eu achava que a coca era o problema.
Disse a ele, muito calmamente, que só tinha começado a gostar realmente da coca porque não tinha que pensar em "problema" nenhum. E que gostava de maconha pela mesma razão.
Lembro-me de dizer: "Não posso lhe contar nada, Bobby. Não posso simplesmente. Entendo que você queira me deixar por causa disso, mas não posso contar a você nem a ninguém". Eu sabia que a coca era um problema, mas não era nada perto de BOB.
Ele não disse nada por um bom tempo. Depois me beijou. Beijou-me longamente, e quando parou, e olhou para mim, disse que eu não conhecia todos os problemas dele, e que ele tentaria entender as vezes que eu não quisesse dar saltos de alegria. Algo mais ou menos assim. Depois disse que sentia que pertencíamos um ao outro, pelo menos naquele momento.
As coisas ficaram estranhas pelo resto da noite. Não de um jeito ruim, mas diferente da maneira como Bobby e eu costumamos ficar quando estamos juntos. Continuamos ali durante horas, e depois, e isso estou dizendo
sinceramente, fizemos amor.
Sem jogos, sem controles, sem ego, sem maus pensamentos ou pensamentos sobre qualquer outra coisa exceto sobre o que estava acontecendo. Foi fantástico. Nós dois achamos isso.
Sabia que amava Bobby naquele momento, e sei que o amo agora. Só queria saber se posso me permitir ter qualquer um desses sentimentos puros e maravilhosos sem criar problemas com BOB.
Por que sempre, sempre tenho que pensar duas vezes sobre minha vida e meus sentimentos? Por que não posso simplesmente amá-lo, lutar junto com ele, beijá-lo etc., sem me preocupar se vou morrer por isso?
Por que outras garotas têm o direito de ser felizes? Por que não posso contar a verdade a ele?
VOCÊ NÃO CONHECE A VERDADE.
Você está aqui.
ESPERTINHA.
O que você quer?
SÓ CHECAR AS COISAS.
Ótimo. Estou aqui. Já checou. Agora vá embora.
VI SUA LUZ ACESA SEIS NOITES SEGUIDAS.
Você e todo mundo que passou na rua.
LAURA PALMER... SEJA BOAZINHA.
Você nunca me ensinou isso.
BOA. DEFINIÇÃO: NÃO SER RUDE.
Já estou num ponto em que nada mais me importa, BOB. Faça o que tiver que fazer.
NÃO TENHO QUE FAZER NADA.
Que bom para você! Agora caia fora da minha cabeça!
QUERO COISAS.
Não consigo ouvi-lo.
NÓS DOIS SABEMOS QUE VOCÊ PODE.
Diário, estou aqui sozinha em meu quarto. Tive um dia maravilhoso, e agora estou sentada na cama, por cima das cobertas, escrevendo em você. Sei que posso controlar isto. Sei que posso VER BOB PORQUE ELE É REAL. UMA AMEAÇA REAL. PARA VOCÊ, LAURA PALMER. PARA TODO MUNDO QUE ESTÁ PERTO DE VOCÊ.
SEJA BOAZINHA. FIQUE CONTENTE POR ME VER.
Nunca!
VOCÊ SÓ TORNA AS COISAS PIORES ASSIM.
Isso é impossível! Saia da minha cabeça, caralho!
GOSTO DAQUI. VOU FICAR MAIS UM POUCO.
Ótimo.
SEJA BOAZINHA.
Boazinha? Oi, BOB, é você? Que bom você ter entrado na minha cabeça. A porta está sempre aberta, você sabe. Por que nós dois não vamos dar um passeio na floresta, BOB? Vamos! Vamos dar um passeio. Podemos jogar o jogo de hoje. O que vai ser... sexo?
NÃO. VOCÊ NÃO PRESTA.
Você está errado.
TENTE DE NOVO, LAURA PALMER.
Não vale a pena.
TENHO UM RECADO.
Recado de quem...?
DE UM HOMEM MORTO.
Estou ficando louca! Você não é real! É simples. Preciso procurar um médico porque estou criando isto. Tenho que me cuidar. Calma. Preciso ter calma.
RECADO: UM LUGAR ESTÁ SENDO GUARDADO PARA VOCÊ... LAURA PALMER.
Pare!
VOLTO LOGO.
Está vendo? Você está na minha cabeça. Ninguém mais além de você sabe os detalhes do meu sonho com a morte. Nem mesmo Bobby. BOB não é real.

Laura

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